Vasta a noite.
Negro o silêncio.
O uivo rubro
ecoa nas pedras
e acende a Lua,
branca de espanto.
Aqui me dispo de quem sou,
ou pretendi algum dia vir ser,
solto palavras ao vento
como os mais finos cabelos,
sacudo a areia do tempo,
a poeira dos caminhos trilhados
mas nem por isso amados.
Visto a noite.
Abraço o silêncio
e solto o uivo branco
que ecoa em mim.
Rubra de espanto.
sigo a minha Lua negra.
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