terça-feira, 29 de outubro de 2013

Diz-me de ti em ruínas





Diz-me com a tua voz de vento escuro o que alojas no coração?
Diz-me com palavras de lua morta que nome tatuaste na memória,
que canção ecoa no teu mar coalhado, quem te embala os sonhos
na perversidade estéril da solidão que inventaste?
Diz-me se a tua felicidade tem nome de naufrágio
ou é apenas uma sílaba vazia, desenhada na ponta dos teus pés
que nunca cessam de procurar em estradas de giestas e ruínas.
Diz-me se o que te move é a fome de vida ou o fastio da morte,
no silêncio dos teus dias vãos.

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