sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sereia, Serei a...



São búzios verdes o que trazes nos cabelos?
Que cantas tu, sereia, em voz de azul enlouquecido
Que tão feliz fica a maré, só de te ouvir?
Cora-se o sol, incendiando longe o longe do teu mar.
E quando te vais com as ondas
Nada mais fica senão o teu perfume de algas e sal
E o manto crú de silêncio que a noite veste
e mergulha em mim.

Ser eu a fera





Ai quem me dera
ser eu a oculta fera
no escuro do teu olhar!
Ai quem me dera
o sonho breve, a quimera,
de eu em ti te encantar!


Asa eterna




Agora vou virar pássaro
E serei verde breve no longo azul,
Suspensa vida na lonjura sem fim.
Viagem sobre a espuma do sonho
Que a minha asa eternizou.