terça-feira, 18 de junho de 2013

Sou como a Lua





















Sou como a Lua,
Minguo e cresço,
Às vezes, desapareço
E outras vezes sou tua.

Sou como a Lua,
Banhada nua
No amante mar.
Sou como a Lua,
Cuja alma mingua
Se não te encontrar.

Sou como a Lua,
Branca lembrança
Sozinha no espaço.
Sou como a Lua,
Cheia de esperança
Dum teu abraço.

Sou como a Lua,
Minguo e cresço,
Às vezes, desapareço
Mas sempre sou tua.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Antes abismo, agora presença e sempre eternidade
















Foi quando olhei para trás
E os meus olhos fitaram o abismo
E tu me deste a mão,
Que percebi que a ia guardar
No bolso da alma para sempre,
O que não é muito tempo
Quando o amor chega e
Exige eternidade.

Agora sei que mesmo quando não estás aqui,
Aqui estás ao meu lado,
Aqui está a tua mão que me guia
Na subida e na descida
E me esmaga os dedos
Como se carne e ossos se fundissem num só.

Não me espanta a queda.
Caio nos teus braços,
Na força muda que me enlaça
E suspende o medo,
E estica o fio do horizonte para nós dois,
Lá onde o amor amanhece e se eterniza.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Na luz da tua sombra



























A tua sombra não partilho com ninguém,

Pois é por ela que encontro a minha luz.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Quatro Estações


 


Fosses tu árvore,
Eu seria Outono
Para te desnudar com um sopro,
Te banhar na seda da chuva
E depois rodopiar á tua volta
Sussurrando sei lá que disparates de amantes.

Fosses tu terra,
Eu seria Inverno,
Para te abraçar húmida e fogosa
Com a fúria de todos os rios
E depois, mansamente,
Me espraiar e repousar em ti.

Fosses tu semente,
Eu seria Primavera,
Para te ver despontar em flor,
Crescer no suspiro de pássaros apaixonados
E depois beijar-te, como quem chora,
No orvalho da manhã.

Fosses tu Lua,
Eu seria Verão,
Para te fazer gemer de luz
No cio do estio de Agosto,
E depois finalmente adormecer em ti, como quem morre,
Velada pelo branco puro do linho do teu amor.