Nada do que escrevo te contém.
Nenhuma rima, nem metáfora,
nenhum ponto final te detém.
Porque tu és maior do que a palavra,
que o gesto ou a intenção.
Tu és a própria emoção,
alma ao rubro, vestida de coração.
Eis que tu chegas
e o silêncio abafa o mundo.
E é sob a tua sombra que o
meu espaço mingua.
Tudo tu preenches,
tudo tu és,
de repente,
tingindo de amor
o rubro coração.