De madrugada eu não sei quem és nem que nome tens,
Serás fogueira, silêncio ou mesmo escuridão,
Ou talvez ausência, tristeza, paixão.
De madrugada perco-te o nome, o norte, o tino, a existência.
Não sei sequer de onde vens,
Que razão prolonga a tua ausência.
Relembra-me o teu nome ao sol nascer,
Quem és tu para mim na crua luz desta alvorada nua.
Porque te quero esquecer na madrugada
E reaprender-te na fria margem do meu dia.